domingo, 30 de maio de 2010

Conflito das Coréias é manipulação dos Estados Unidos

Conflito das Coréias é manipulação dos Estados Unidos

A publicação dos “resultados” das investigações sobre o afundamento do navio sul-coreano de guerra Cheonan não passa de manipulação do governo norte-americano em cumplicidade com o regime fantoche da Coréia do Sul. Essa manipulação tem objetivos claros, a saber: 1 - Aumentar as sanções contra a República Popular e Democrática da Coréia (Coréia do Norte) nas Nações Unidas, visando enfraquecer o país; 2 – O governo fantoche e criminoso de Lee Myung Bak necessita de apoio popular nas próximas eleições do dia 2 de junho. Com esse incidente ele explora os sentimentos e induz medo na população para se fortalecer politicamente.

Recentemente os governos dos Estados Unidos e do Japão sofreram um duro golpe quando a população japonesa da cidade de Okinawa decidiu proibir o funcionamento da base militar norte-americana naquela cidade. Após este incidente fabricado, do afundamento do navio sul-coreano, o governo japonês ofereceu aos norte-americanos território na área litorânea Camp Schwab, ou seja, os imperialistas apenas mudaram de endereço para continuar estacionando suas tropas de mercenários.

Esta campanha midiática contra a RPD da Coréia tem como objetivo também impedir a reunificação da Península Coreana, levada a cabo nos últimos anos pelos governos de Kim Il Sung e Kim Jong Il. Ela joga por terra os esforços de várias gerações de coreanos em busca da paz, expressos na Declaração Conjunta de 15 de Junho.

Criar a guerra na região é tudo o que deseja o complexo militar norte-americano, com suas bases militares estacionadas no Japão e Coréia do Sul.



Especialista russo revela a farsa do incidente na Coréia

O diretor do Programa de Investigações do Centro de Estudos da Coréia Moderna do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia, Gueorgui Toloraya, concedeu entrevista à agência de notícias ITAR-TASS, e desmascarou a trama forjada por norte-americanos e sul-coreanos no caso do afundamento do navio Cheonan.

Gueorgui Toloraya afirmou que “este trágico incidente teve como objetivo criar um conflito, um pretexto oficial para a declaração de guerra”. Apontou como prova a falta de informações do governo sul-coreano sobre a localização do navio de guerra da Coréia do Sul e do submarino da RPD da Coréia. “Seria necessário muito tempo para obter conclusões exatas sobre o caso de torpedeamento, apresentar provas, mas, ao contrário, o governo sul-coreano impede a participação de técnicos russos, chineses ou da RPD da Coréia para estudar o incidente. Até agora as versões que a opinião pública dispõe são apenas dos governos da Coréia do Sul e dos Estados Unidos da América, os maiores interessados em deflagrar uma guerra na Península Coreana”.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Miséria é o principal "produto" do capitalismo

O capitalismo tem legiões de defensores. Muitos o fazem de boa vontade, produto de sua ignorância e pelo fato de que, como dizia Marx, o sistema é opaco e sua natureza exploradora e predatória não é evidente ante os olhos de homens e mulheres. Outros o defendem porque são seus grandes beneficiários e amassam enormes fortunas, graças às suas injustiças e iniquidades.
Além do mais há outros ("gurus" financeiros, "opinólogos", jornalistas "especializados", acadêmicos "pensadores" e os diversos expoentes do "pensamento único") que conhecem perfeitamente bem os custos sociais que, em termos de degradação humana e do meio-ambiente, o sistema impõe.

No entanto, são muito bem pagos para enganar as pessoas e prosseguem com seu trabalho de forma incansável. Eles sabem muito bem, aprenderam muito bem, que a "batalha de ideias", à qual Fidel Castro nos convocou, é absolutamente estratégica para a preservação do sistema, e não retrocedem em seu empenho.

Para resistir à proliferação de versões idílicas acerca do capitalismo e de sua capacidade para promover o bem-estar geral, examinemos alguns dados obtidos de documentos oficiais do sistema pelas Nações Unidas.

Isso é sumamente didático quando se escuta, principalmente no contexto da crise atual, que a solução aos problemas do capitalismo se obtém com mais capitalismo; o que o G-20, o FMI, a OMC e o Banco Mundial, arrependidos de seus erros passados, vão poder resolver os problemas que provocam agonia à humanidade. Todas essas instituições são incorrigíveis e irreformáveis, e qualquer esperança de mudança não é nada mais que uma ilusão. Seguem propondo o mesmo, só que com um discurso diferente e uma estratégia de "Relações Públicas", desenhada para ocultar suas verdadeiras intenções. Quem tiver dúvidas que olhe o que está propondo para "solucionar" a crise na Grécia: as mesmas receitas que aplicaram e que seguem aplicando na América Latina e na África desde os anos 1980!

A seguir, alguns dados (com suas respectivas fontes) recentemente sistematizados pelo Programa Internacional de Estudos Comparativos sobre a Pobreza (CROP, na sigla em inglês), da Universidade de Bergen, na Noruega. O CROP está fazendo um grande esforço para, a partir de uma perspectiva crítica, combater o discurso oficial sobre a pobreza elaborado há mais de trinta anos pelo Banco Mundial e reproduzido incansavelmente pelos grandes meios de comunicação, autoridades governamentais, acadêmicos e vários "especialistas".

População mundial: 6,8 bilhões, dos quais:

* 1,02 bilhão têm desnutrição crônica (FAO, 2009)
* 2 bilhões não têm acesso a medicamentos (www.fic.nih.gov)
* 884 milhões não têm acesso a água potável (OMS/UNICEF 2008)
* 924 milhões de "sem teto" ou que vivem em moradias precárias (UN Habitat 2003)
* 1, 6 bilhão não tem eletricidade (UN Habitat, “Urban Energy”)
* 2,5 bilhões não tem acesso a saneamento básico e esgotos (OMS/UNICEF 2008)
* 774 milhões de adultos são analfabetos (www.uis.unesco.org)
* 18 milhões de mortes por ano devido à pobreza, a maioria delas de crianças com menos de 5 anos (OMS)
* 218 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalham em condições de escravidão ou em tarefas perigosas ou humilhantes, como soldados, prostitutas, serventes na agricultura, na construção civil ou na indústria têxtil (OIT: A Eliminação do Trabalho Infantil: Um Objetivo a Nosso Alcance, 2006)
* Entre 1988 e 2002, os 25% mais pobres da população mundial reduziram sua participação na riqueza global de 1,16% para 0,92%, enquanto que os 10% mais ricos acrescentaram mais riquezas, passando de 64,7 para 71,1% da riqueza produzida mundialmente. O enriquecimento de poucos tem como reverso o empobrecimento de muitos.
* Só esse 6,4 % de aumento da riqueza dos mais ricos seria suficiente para duplicar a renda de 70% da população da Terra, salvando inumeráveis vidas e reduzindo as penúrias e sofrimentos dos mais pobres. Entenda-se bem: tal coisa seria obtida se tão só fosse redistribuído o enriquecimento adicional produzido entre 1988 e 2002, dos 10% dos mais ricos do planeta, deixando intactas suas exorbitantes fortunas. Mas nem sequer algo tão elementar como isso é aceitável para as classes dominantes do capitalismo mundial.


Conclusão: Se não se combate a pobreza (nem fale de erradicá-la sob o capitalismo!) é porque o sistema obedece a uma lógica implacável, centrada na obtenção do lucro, o que concentra a riqueza e aumenta incessantemente a pobreza e a desigualdade econômico-social.

Depois de cinco séculos de existência, isto é o que o capitalismo tem para oferecer. Que esperamos para mudar o sistema? Se a humanidade tem futuro, será claramente socialista. Com o capitalismo, em troca, não haverá futuro para ninguém. Nem para os ricos, nem para os pobres. A sentença de Friedrich Engels, e também de Rosa Luxemburgo: "Socialismo ou barbárie", é hoje mais atual e vigente que nunca. Nenhuma sociedade sobrevive quando seu impulso vital reside na busca incessante do lucro, e seu motor é a ganância. Mais cedo que tarde provoca a desintegração da vida social, a destruição do meio ambiente, a decadência política e uma crise moral. Todavia ainda temos tempo, mas não muito.

Fonte: Jornal La República, Espanha

terça-feira, 11 de maio de 2010

Trabalho escravo: uma herança perversa do capitalismo brasileiro


Trabalho escravo: uma herança perversa do capitalismo brasileiro

O Brasil foi o último país independente do continente americano a abolir a escravidão, o que ocorreu em 13 de maio de 1888, dia em que a Lei Áurea foi sancionada. A herança do antigo regime, porém, não desapareceu. Em pleno século XXI, o trabalho escravo ainda é uma infame realidade para milhares de trabalhadores e trabalhadoras, uma mancha vergonhosa na economia nacional, notada principalmente (embora não só) nas áreas rurais.
Aos poucos, após a Lei Áurea, as relações de trabalho características do escravismo foram cedendo espaço ao capitalismo, cujo pressuposto é a existência do trabalhador livre e despojado de meios de produção. Todavia, o trabalho escravo sobreviveu ao novo modo de produção, atravessou o século XX e amanheceu vivo no terceiro milênio, revigorado pela crescente desregulamentação das relações entre capital e trabalho, promovida pelo neoliberalismo.

Impunidade

O governo Lula tem se empenhado com seriedade no combate a esta prática hedionda, mas os interesses que a sustentam são poderosos e renitentes. Além disto, as ações públicas que se desenvolvem no Brasil neste sentido são insuficientes, conforme afirmou o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag), Antônio Lucas Filho, em entrevista ao nosso portal reproduzida nesta reportagem.

As punições são leves face ao crime, o que torna comum a reincidência, e nossa morosa “Justiça” não raro é complacente ou mesmo cúmplice com os criminosos, geralmente muito bem situados na pirâmide social. A fiscalização deixa a desejar e a influência conservadora no Congresso Nacional também protege o trabalho escravo.

Superexploração

Uma das marcas registradas do capitalismo tropical é precisamente o grau superior de exploração da força de trabalho pelo capital. Isto explica, em parte, a sobrevivência de vestígios do antigo regime nas relações sociais modernas, especialmente no campo, até hoje carente e clamando por uma reforma agrária.

As empresas brasileiras praticam baixos salários e altas jornadas, nem sempre se pautam pelo respeito à legislação, em geral abominam os direitos sociais e a regulação das relações trabalhistas. Os capitalistas falam, é claro, em nome da liberdade (entre desiguais) e do liberalismo, da competitividade e do desenvolvimento. Afinal, jornadas longas, ampliadas pelas horas extras, “flexibilidade” e baixos salários foram “o verdadeiro motor do crescimento econômico brasileiro dos anos 1930 até os anos 1980”, conforme observou o sociólogo Sadi Dal Rosso (1).

Resistência

O caráter antissocial do capital e do capitalismo é notório. O trabalho escravo é o aspecto mais degradado e desumano do sistema. É um recurso que os empresários utilizam, especialmente no chamado agronegócio, para ampliar ainda mais o grau de exploração (ou extração de mais-valia, para usar um conceito consagrado por Karl Marx), de forma a maximizar o lucro.

Representantes do patronato que apela a este tipo de exploração gostam de negar a existência do trabalho escravo no Brasil, como fez a senadora Kátia Abreu, presidenta da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em recente entrevista à revista “Veja” (2). Um sinal, entre outros, da resistência das classes dominantes a medidas mais severas para combater o mal pela raiz.

Grandes empresas

É evidente que o trabalho escravo contemporâneo não possui as mesmas características do passado, mesmo porque a Lei Áurea de fato aboliu o direito de propriedade de um ser humano sobre o outro. Mas as relações de trabalho forçado, com novas características, infelizmente ainda persistem.

Há os que alegam que isto ocorre marginalmente, envolvendo apenas alguns empresários particularmente malvados ou inescrupulosos. Também isto não é verdade. A cadeia do trabalho escravo envolve a participação direta e indireta de grandes empresas, incluindo multinacionais como o Grupo Cosan e a JBS Friboi.

PEC do trabalho escravo

A razão maior para a persistência desta herança perversa do capitalismo brasileiro é a força política da “Casa Grande”, concentrada sobretudo na intitulada bancada ruralista. Esta é hostil a toda e qualquer mudança progressista na legislação neste e noutros terrenos. Obstrui a aprovação da PEC do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação da propriedade em que for constatada a prática de trabalho escravo, e vocifera até contra a “lista suja” promovida pelo Ministério do Trabalho para denunciar empresas e empresários flagrados neste tipo de crime contra a força de trabalho.

A isto se soma, como salientou o dirigente da Contag, a pobreza e ignorância das vítimas, em sua maioria trabalhadores sem-terra e sem emprego, migrantes analfabetos, duros e lesos, que se submetem por necessidade e ingenuidade à exploração inescrupulosa dos intermediários de mão-de-obra. Mesmo quando resgatados pelo poder público, o trabalhador “sem qualificação nem escolaridade” tende a se submeter à mesma situação degradante. “O Estado tem de ter políticas públicas para isto”, cobra Antônio Lucas.

O problema não é só no Brasil, onde se estima em algumas dezenas de milhares o número de vítimas. Estudo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) estima em mais de 12 milhões o número de trabalhadores submetidos à condição de trabalho que pode ser caracterizada como forçado ou escravo no mundo.

É o que o leitor e a leitora do Vermelho poderão perceber no conjunto de matérias que compõem esta reportagem especial sobre trabalho escravo no Brasil.

Da redação, Umberto Martins

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Construção partidária não cessa durante as eleições

Sorrentino: Construção partidária não cessa durante as eleições

O PCdoB vive, nos próximos meses, um momento importante especialmente nos âmbitos político e organizativo. Além de estar às vésperas de uma das principais eleições de sua história, o partido investe pesado para pôr em prática uma política de quadros e de estruturação a partir da base militante que o coloque em um patamar ainda mais alto. Por isso, o secretário de Organização, Walter Sorrentino, alerta: “é essencial que a construção partidária não cesse durante o período eleitoral”.


Sorrentino: queremos uma política de quadros pró-ativa (por Priscila Lobregatte)
“O partido chegou a uma dimensão em que não pode mais entrar nessa contradição entre eleição e outras frentes. A construção do partido é permanente e por isso, é necessário haver distribuição das energias”, explica Sorrentino.

Durante a campanha eleitoral, as medidas organizativas voltadas para a questão de quadros continuaram em andamento. “Imaginar que a campanha paralisa esse esforço seria uma maneira muito torta de encarar a construção do partido”, salienta.

Segundo ele, o mais importante neste momento é “mostrar a todo o partido que queremos uma política de quadros pró-ativa, que não seja passiva e apenas encampada em momentos de congresso e de conferência, mas sim ligada ao nosso conceito de que a governabilidade do partido é dada por meio dos quadros”. O objetivo, conforme ressaltou, é que o PCdoB chegue ao seu 13º Congresso “numa condição mais avantajada”.

Essa pró-atividade colocada pelo dirigente consiste em fazer com o partido possa ir além da sua própria estrutura piramidal, constituída pelo Comitê Central, Comitês Estaduais, Comitês Municipais e auxiliares. “A política de quadros sempre aconteceu nos marcos desses comitês, mas isso é pouco. Para alcançarmos outro estágio, de partido comunista de massas, tomamos iniciativas que envolvem jovens, mulheres, trabalhadores e também os quadros de ciência e tecnologia, cultura e pós-graduação”.

O objetivo estratégico dessa política é fazer com que o PCdoB forme desde já suas futuras gerações dirigentes e um dos pontos para isso é que no 13º Congresso, que deve acontecer em 2013, haja cerca de 500 quadros preparados para se candidatar ao Comitê Central. “É por essa razão que estamos nos dedicando à formação, controle, seleção e avaliação desses quadros. E vamos exigir que os comitês estaduais ajam da mesma maneira com os quadros intermediários porque a outra grande bandeira da Organização nesse período será reativar e motivar a vida militante de base que não existe sem os quadros intermediários”, esclarece Sorrentino.

O fato de o coletivo partidário ter participado das discussões que resultaram nessa nova política é um trunfo na avaliação do comunista. “Isso facilita muito a assimilação sistêmica pelo conjunto das direções. Mas, além das estruturas de direção, contamos com a consciência dos quadros, de maneira que também participem proativamente desse esforço”.

Debate aceso


Fabiana Costa e Eliana Gasparini: linha de frente no DNQ
Responsável pelo Departamento Nacional de Quadros (DNQ), Fabiana Costa diz que tem contribuído para a evolução do processo o fato de o debate ter-se mantido vivo desde o 12º Congresso. “É um tema permanente que vai perpassar os quatro anos desse mandato e irá além dele. E os quadros também têm atuação contínua, ou seja, são questões completamente vinculadas”.

O 6º Encontro Nacional de Organização – realizado em março – foi um desses momentos em que a política de quadros foi aprofundada. Os debates em torno do documento aprovado no congresso resultaram numa resolução direcionada para a política de quadros e a vida militante de base. Outras ações estão sendo tomadas como, por exemplo, a reunião realizada em abril com quadros da pós-graduação do PCdoB e Luis Fernandes, responsável no Comitê Central pela área de C&T. “Essa era uma área um pouco subestimada pelo partido. E ter militantes fazendo pós-graduação, doutorado ou mestrado é algo muito importante e é crucial que o PCdoB saiba como incluir esses quadros no seu sistema partidário, de maneira que eles possam contribuir, ao mesmo tempo, com a luta de ideias na sociedade e com as formulações e debates internos”.

Bia ressalta ainda o papel das discussões ocorridas na Comissão Política Nacional, que ajudaram na reafirmação e no fortalecimento da política de quadros em todos os níveis e instâncias. “Afinal, achar que essa política só será formulada e executada pelo DNQ ou pela Secretaria de Organização é restringir o seu significado para o partido como um todo. E neste aspecto tem sido fundamental a compreensão do presidente Renato Rabelo. Ele diz que os quadros são um tema a ser tratado cotidianamente e que precisa ser incorporado como essência do partido”.

Ao mesmo tempo em que essa política deve ser assumida por todo o coletivo, Bia chama atenção para o papel de cada quadro. “Os próprios quadros devem instigar o debate, apresentar questões, demandas etc. A Rede Quadros serve justamente para criar uma dinâmica maior de interação entre partido e eles. Nossa ideia é fazer um acompanhamento sistemático”.

O primeiro passo para isso já foi dado a partir do envio de questionário e de solicitação de atualização de dados dos quadros que participaram do 12º Congresso. “Mas, é preciso que haja resposta porque essas informações nos mostrarão a opinião e o perfil desses militantes. Além disso, é preciso que eles entrem em nosso radar porque não temos condições de ir atrás de cada um”.

O DNQ planeja ainda criar uma política de relacionamento que começará com a criação de um boletim cujo objetivo é levar informação e formação aos quadros. Paralelamente, está sendo estimulada a criação de seções estaduais do departamento voltadas para os quadros intermediários.
Outro ponto importante que já está sendo planejado é um livro contando a história dos quadros que tenham mais de 30 anos de atividade na direção nacional do partido. A ideia é lançá-lo no aniversário de 90 anos do PCdoB. “Cada época das lutas de classe forja determinados tipos de dedicação e heroísmo. Essa geração sobreviveu à ditadura, ao Araguaia, à Chacina da Lapa e é formada por heróis que conduziram o PCdoB em momentos difíceis e são responsáveis pelo partido forte, grande, influente e respeitado que temos hoje. Esta é uma homenagem a eles e também uma forma de fazer com que os novos quadros aprendam com essas experiências”, finaliza Sorrentino.

Da redação,
Priscila Lobregatte